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Abertura da safra de uva do Rio Grande do Sul celebra qualidade da fruta e a regularização dos primeiros produtores de vinho colonial
Evento oficial foi realizado neste sábado (27), em Nova Pádua, e contou com a presença de representantes dos governos estadual e nacional, além de entidades setoriais.
Fonte: Assessoria de Imprensa do Ibravin
Com, aproximadamente, 2,5 mil habitantes, Nova Pádua possui praticamente uma vinícola para cada 110 moradores. A região que, junto com Flores da Cunha, compõe, desde 2012, a Indicação Geográfica (IG) de Altos Montes para vinhos e espumantes foi escolhida como palco do Ato Oficial de Abertura da Colheita da Uva no Estado do Rio Grande do Sul - Safra 2018, neste sábado (27). A solenidade ocorreu nos vinhedos da Boscato Vinhos Finos e contou com as presenças do governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, do secretário estadual da Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi/RS), Ernani Polo, do Chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Sipov) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Fernando Werlang, do prefeito municipal de Nova Pádua, Ronaldo Boniatti, do presidente do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Oscar Ló, além parlamentares estaduais e federais e de outros representantes de entidades setoriais. A abertura oficial da vindima segue um rodízio entre as regiões vitivinícolas do Estado.

O presidente do Ibravin, Oscar Ló, falou sobre a expectativa do setor para esta safra, quando deverão ser colhidas cerca de 600 mil toneladas da fruta destinadas ao processamento. O dirigente também lembrou das dificuldades encontradas pela categoria ao longo de 2017.

“Tivemos um ano cuja as comercializações foram as mais difíceis, devido ao crescimento nas importações. Isso deixa o setor em alerta e pressiona para que tenhamos um desempenho melhor em 2018. Por isso, a necessidade de revermos o tema da Substituição Tributária, que é, hoje, o principal elemento de diminuição da competitividade do setor vinícola. Na base da produção de uvas há uma preocupação crescente com as reduções dos custos de produção, com a qualificação da produção e com manutenção da rentabilidade dos nossos produtores. Diferente de outros países, que contam com altos subsídios, como os europeus, temos falta de crédito, assistência técnica e até mesmo carência de tecnologias para ampliarmos a competitividade”, pontuou Ló. “O que nos conforta e impulsiona a seguir o nosso trabalho é que estamos tendo uma excelente safra. Com uvas de boa qualidade e em quantidade satisfatória. Teremos ótimos produtos e a certeza de que o mercado irá reagir de modo positivo para os sucos, vinhos e espumantes que elaboramos”, completou. Até o momento, cerca de 35% da produção gaúcha já foi colhida.

Durante a abertura oficial da safra de uva também foram entregues pelo governo do Rio Grande do Sul os primeiros números de registro aos empreendimentos de vinho colonial, enquadrados na lei 12.959/2014. Aldo Lazzari, de Garibaldi, e Auri Flâmia, de Bento Gonçalves, poderão comercializar vinhos, espumantes e sucos de uvas em feiras, cooperativas ou na propriedade sem a necessidade de abrir uma empresa, utilizando apenas o talão de produtor rural para emissão de notas. Quatro produtores estão em fase final de regularização e outros cinco deverão obter o registro nos próximos meses.

Poderão se quadrar na Lei do Vinho Colonial agricultores familiares que elaboram até 20 mil litros por ano com uvas próprias. Uma cartilha explicativa para auxiliar os produtores nas etapas de formalização também foi lançada na solenidade e estará à disposição, gratuitamente, nos Sindicatos Rurais, nas Ematers, em entidades setoriais e também estará disponível online, no site do Ibravin (www.ibravin.org.br), na aba de Downloads.

O presidente do Ibravin também valorizou o empenho de atores públicos e de entidades setoriais para que os primeiros produtores de vinho colonial do Estado fossem regularizados. O presidente aproveitou a oportunidade para agradecer o governo estadual do Rio Grande do Sul pelo recurso disponibilizado através do Fundo de Desenvolvimento da Vitivinicultura (Fundovitis), que recentemente viabilizou a compra de um novo equipamento para o Laboratório de Referência Enólogica (Laren). Com investimento de R$ 2 milhões, o cromatógrafo líquido acoplado a um espectrômetro de massa oferecerá análises mais complexas, permitindo monitoramento e controle ainda mais preciso da produção vinícola nacional e das amostras de vinhos e derivados importados que forem encaminhadas para verificação.

“O setor vitivinícola nacional vem se expandindo expressivamente, aliado à alta qualidade dos seus produtos. Essa aquisição atende uma demanda de longa data do setor. Representa uma atualização tecnológica, que auxiliará no controle e fiscalização dos produtos através de uma avaliação mais criteriosa quanto à composição química dos vinhos e derivados, proporcionando ao consumidor mais informações e garantindo segurança alimentar. Contribuirá também para a imagem do vinho brasileiro no mercado interno e externo”, reforça Ló.

O secretário estadual Ernani Polo destacou também os esforços do setor vitivinícola e reiterou a parceria do governo com o Ibravin, citando o Fundovitis como fundamental para a qualificação e promoção do vinho gaúcho.

“A colheita é um momento muito especial para todos aqueles envolvidos na produção e uvas, de vinhos, espumantes, sucos e derivados. Mais uma vez, estamos celebrando um momento que é muito simbólico. É o resultando da dedicação, do esforço de muitas famílias gaúchas que se dedicam a produção. O setor é muito importante para economia e para geração de empregos do nosso Estado. A certificação do vinho colonial abre um novo horizonte a essa produção que é importante no Rio Grande do Sul e está espalhada em diversas regiões”, afirmou Polo.

“Participar da colheita de uva é uma satisfação pessoal. O Rio Grande do Sul produz cerca de 90% dos vinhos, espumantes e sucos do Brasil e a região da Serra é o maior polo deste setor. E pelo jeito que vai, o setor tende a evoluir cada vez mais”, finalizou o governador do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori, lembrando, ainda, que o ato oficial da colheita da uva no Estado foi realizado pela primeira vez em 2012.

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